terça-feira, 1 de março de 2016

O PIOR LIVRO DO MUNDO - Se você o ler literalmente

OK, talvez TALVEZ, uma foto da internet tivesse ficado melhor
STORY TIME! Minha irmã mais velha me deu esse livro. Não temos muito contato, então ela não sabe bem o que gosto de ler. Ela me entregou o livro e disse "eu comprei porque ele é todo azul - achei lindo - e porque é sobre o Rei Arthur, que eu amo". Bom. Não sou tão fã do Rei Arthur quanto ela, mas amei o fato de mesmo tendo 9 anos de diferença, nós duas escolhemos livros pela capa. Ele ficou lindo na estante.

ENFIM. Sobre o livro. É um livro de um pouco depois da era de Arthur, então não espere vê-lo lutando pela Inglaterra. 
Até a metade, o odiei. Acho que meu professor de interpretação textual teria vergonha de mim. O livro é genial.

Numa terra habitada por seres fantásticos e recentemente devastada por guerras horríveis, um feitiço foi lançado e uma névoa encobre todo o território, tirando das pessoas suas memórias. Uma forma radical de terminar a guerra, que deu muito mais que paz aos habitantes, deu superficialidade na forma de levar a vida. No sentido literal, você vai passar o livro inteiro lendo sobre um casal de idosos - Axl e Beatrice - que sai para encontrar o filho. No sentido metafórico e profundo, é uma história sobre a vida. O quanto nossas memórias nos mantém em guerra, longe do nosso amor, longe da paz. Como pode ser distorcida e nos faz evitar confrontar o passado. 

O casal idoso tem que passar pelas maiores dificuldades em seu caminho até o filho, munidos de um amor incondicional um ao outro contra as dolorosas memórias que aos poucos, com a névoa dissipando, se lembram. Beatrice, que sempre quis ter suas memórias de volta, ao lembrar fatos dolorosos da vida sente medo de seu amor se quebrar numa flecha de ressentimento que lembranças podem trazer. 
Seu caminho leva à uma ilha, na qual todos devem ir sozinhos conduzidos pelo barqueiro (gentil metáfora para a morte) lhes fala que não podem provar o amor um pelo outro se não houverem memórias para prová-lo. E no fim, vão sozinhos, cada um a seu tempo, descansar na ilha fantástica.

É um livro que leva tempo. Como disse, em sentido literal é horrível. Demora para para ter ação, mas o foco é o subentendido. Não há forma melhor de elogiar esse livro que afirmando: você tem que ler várias vezes. Suas camadas profundas tem que ser exploradas, e eu com certeza o farei.



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