segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Comprar livros pela capa - quem nunca?

metade da minha estante
Todo mundo já ouviu essa frase: "não julgue um livro pela capa". A parte metafórica é clara, não julgue alguém só pelas aparências; se deve conhecer a pessoa para decidir se gosta dela ou não. Mas e a parte literal? Eu já disse aqui que sempre compro livros pela capa. Não me julguem (olha a parte metafórica da frase aí), pois o visual conta muito na hora da compra. Afinal quem não quer um livro lindo na estante?

No fim das contas temos uma decisão a fazer. Você está numa livraria. Passeando pelas estantes, nenhuma história te parece boa o suficiente para comprar. Até que um livro com capa lindamente trabalhada aparece. Eu normalmente levo. Em casa decido se valeu a pena. Se não, pelo menos a estante ficou mais cheia e meu ego está devidamente alimentado. Fiz uma seleção de 5 livros que comprei pela capa e aqui está minha impressão deles, junto com resenha! Vai ser um post grandinho mas bem completo!
Bom. Achei essa capa bonita, e o nome também chamou atenção. Mas não o comprei só pela capa. A estória é interessante de como o comprei. Estava andando por uma bienal aqui em Alagoas e vi o dito cujo. Apontei pra ele e comecei a falar que minha prima leu e odiou, a autora tinha dito que o Brasil era um continente. Até que aparece uma mulher de aparência simpática atrás dele e sorri. Ela disse oi. Eu respondi sem empolgação e continuei falando sobre como minha prima não tinha gostado. Até que Renata Ventura me diz "eu que fiz esse livro". Com a cara no chão, comprei.
Não compre livros por embaraçamento, me senti desperdiçando dinheiro e de fato talvez tenha. O livro fala sobre uma escola de magia e bruxaria no Brasil. Apenas senti que  autora menospreza Harry Potter em cada oportunidade que tem, como quando fala que levitar penas seria algo muito fácil para uma primeira aula (algo que, lembrem, só Hermione consegue e nos dá o legendário "LeviOSA e não levioSAAA". Enfim. Coloquei na lista mais pela forma que comprei e como conheci a autora.

A Invenção de Hugo Cabret valeu MUITO a pena. Não só pela história, mas por como é contada. Hugo é um menino órfão que cuida dos relógios da Central de Trem de Paris nos anos 1930. Ele guarda um segredo que é posto em risco com o dono da loja de brinquedos da estação e sua afilhada. A jornada de Hugo é interessante e o livro uma leitura fácil. Fora a capa, na hora da compra amei as páginas serem pretas por fora. Sou toda por detalhes. Enfim, o autor nos mostra com imagens o começo do livro, algo que nunca tinha visto e me conquistou de cara.
 Esse eu nem li a sinopse. A capa tem tantos detalhes lindos que tive que levar. Algo que amo: o título é daqueles que tem cores quando se mexe. Não sei. Amei apenas. No fim das contas é um dos meus livros preferidos, e o melhor: não tem continuação! É sobre Ark, que mora nas últimas árvores existentes, no país suspenso Arborium. Ele é encanador se bem me lembro, e consertando um banheiro ele ouve - e é visto ouvindo - uma das maiores conspirações do país. Em posse de informação valiosa vindo de corruptos ele agora está em perigo. Então ele foge por sua vida da copa das árvores até a temida Floresta dos Corvos. Onde pode salvar seu povo, seu lar e a si mesmo. Gosto da forma como é tão fácil de ler esse livro. Me senti fugindo com Ark, seu desespero e suas descobertas desbravando terras desconhecidas. Foi o primeiro livro que desejei continuação. Mas melhor sem.

A história todos conhecemos, Alice segue o coelho branco e cai no País das Maravilhas. Mas você não leu esse livro até ter visto as ilustrações de Luiz Zerbini. Obrigada por existir. Valeu a pena comprar, mergulhei de cabeça nesse livro assim como Alice nas Maravilhas. Uma pequena amostra das ilustrações:  
A Passagem. Já falei desse livro nessa TAG e o citei aqui. Eu amo esse livro. Tanto que ele está totalmente desgastado. O comprei por amar climas apocalípticos e é disso que ele se trata. O governo norte-americano está criando uma arma humana, e usou como testes condenados ao corredor da morte. O que eles não previam é que iriam escapar. Os "fumaças" estão à solta agora e uma nova Era se inicia. Eles são imparáveis, como o governo queria. O lado ruim para os investidores é que eles são também incontroláveis. É uma história de vampiros sanguinários. Diferente de tudo que já tenha visto apesar do tema ser clichê. A capa, com a floresta, me deixou encantada. Amo florestas. E novamente, tem o título bonitinho. 






No fim das contas, amei 4/5 dos livros que comprei pela capa! Só A Arma Escarlate me decepcionou, mas olha, minha estante fica legal com ele (na verdade, na foto da metade de cima da minha estante ele nem aparece, o que quer dizer que está na metade de baixo, no lugar não muito visível. É, ele não tá embelezando nada) mas continuarei comprando livros pela capa e julgando pessoas pelo conteúdo. Aliás, colocarei isso na lista para 2016: julgar mais livros pela capa e pessoas pelo conteúdo.
                   Beijos na testa, K.

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